quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Manifestação Nacional das APAEs

Pessoas com deficiência e familiares realizaram uma manifestação, nesta quarta-feira, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Organizado pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), o ato teve como objetivo protestar pela manutenção das escolas especiais. Segundo eles, uma alteração no projeto do Plano Nacional de Educação (PNE), que está em votação no Congresso, coloca em risco a atividade. Um grupo foi recebido pelo governo do Estado e por deputados estaduais, que manifestaram apoio à causa. A reivindicação das Apaes é para que seja mantida a redação original da Meta 4 do PNE, que previa a universalização do atendimento escolar a alunos com deficiência ou transtornos de desenvolvimento “preferencialmente, na rede regular de ensino”. Um substitutivo, de autoria do senador José Pimentel (PT-CE), retira do texto a palavra “preferencialmente”. “Os outros pais podem escolher a escola dos seus filhos. Por que a família que tem um filho com deficiência não pode?”, questionou Nadir Gabe, uma das coordenadoras da Federação das Apaes do Rio Grande do Sul (Fepaes-RS). De acordo com ela, há 60 anos as Apaes fazem um papel que seria do Estado, com atendimento que envolve educação, saúde e assistência social. Nadir teme que isso possa ser comprometido com o novo PNE. “Estão incluindo nossos alunos com mais 30, quando o professor nem sabe qual é a síndrome dele”, observou. Um grupo de representantes das Apaes foi recebido no Palácio Piratini. Segundo a presidente da Federação Nacional das Apaes, Aracy Lêdo, o objetivo foi garantir o apoio político do governo do Estado às reivindicações. “Se eles (o Congresso) tirarem o ‘preferencialmente’, não temos escolha”, afirmou. Durante o encontro, ela reivindicou a parceria do governo do Estado em financiamentos e na cedência de bolsas e professores. O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Fabiano Pereira, disse que o governo apoia as reivindicações. Aluno de uma das Apaes de Porto Alegre, Roberto Goulart de Lima, 33 anos, preparou três perguntas que ele gostaria de aos deputados que irão decidir sobre o futuro das escolas especiais. “Estão tomando a decisão com a cabeça ou com o coração?”, dizia uma delas. Ele fez, ainda, um convite aos parlamentares: “que visitem as nossas escolas e passem algumas horas conosco para ver como é a nossa realidade”. No dia 14 de agosto, uma mobilização nacional deverá ocorrer em Brasília. Presente em 454 municípios gaúchos, a Apae atende cerca de 18 mil alunos no Rio Grande do Sul. http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=504922
http://www.youtube.com/watch?v=zJXDGsj8D-E

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